sábado, 2 de julho de 2011

Hospitais públicos de SP gerenciados por OSS: Rombo acumulado é de R$147,18 milhões

por Conceição Lemes

A saúde pública no Estado de São Paulo está sendo privatizada rapidamente, a passos largos.

O símbolo desse processo são as OSS: Organizações Sociais de Saúde. Significa que o serviço de saúde é administrado por uma dessas instituições e não diretamente pelo Estado.

Curiosamente no site da Secretaria Estadual de Saúde não há sequer uma lista com todos os hospitais, ambulatórios médicos de especialidades (AMEs) e serviços de diagnóstico administrados por OSS. É preciso garimpar na internet, nome por nome, para saber se o serviço X ou Y é tocado por OSS. É desafio até para pessoas acostumadas a pesquisar em Diário Oficial. Mas quem se der a este trabalhão – às vezes é preciso telefonar ao estabelecimento para ter certeza–, vai comprovar o óbvio: a terceirização, de vento em popa, da saúde pública do Estado de São Paulo.

O artifício é a lei complementar nº 846, de 1998, alterada pela 62/2008, do ex-governador José Serra (PSDB), que autoriza transferir às OSS o gerenciamento de todos os hospitais públicos paulistas, novos e antigos.

“Os hospitais gerenciados por Organizações Sociais são exemplo de economia e eficiência”, diz o site da Secretaria Estadual de Saúde.
Leia matéria na integra

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Os sindicatos e o assédio moral

Um crime hediondo nas relações de trabalho






















Osvaldo Bertolino

Falava em um colégio na Zona Leste paulistana, a convite, do Bullying, conhecido nas relações de trabalho como "assédio moral". Era uma dessas instituições privadas que oferecem cursos supletivos noturnos. Um rapaz de 23 anos se apresentou como "homossexual assumido", me olhou sério e disse que o movimento sindical nada faz para combater o problema.

Respondi que em um país como o nosso, com graves problemas socioeconômicos para resolver, as preocupações com esse aspecto das relações de trabalho nem sempre são prioridades. Minha tentativa de resposta foi cretina. Percebi estar usando o argumento cínico que encobre o descaso com que o assédio moral é tratado por boa parte do movimento sindical. Algo se manifestou dentro de mim. O que o rapaz disse tem muito de verdadeiro.

Eu mesmo carrego as seqüelas de um horrendo caso de assédio moral ocorrido em junho de 2008, praticado por alguns que se diziam companheiros. O uso oportunista do poder para vingar derrotas democráticas do passado me causou uma insônia profunda, uma gastrite renitente e um estado depressivo constante — resultados de uma indignação impotente.

O rapaz retruca que, se o movimento sindical defende os trabalhadores, o assédio moral deveria constar como prioridade. Disse que não compreendia, sobretudo, como pode haver indiferença diante de uma ação tão hedionda. Senti que minha resposta fora uma forma de evitar, ou não perceber, o fato cristalino de que o disparate está presente, pulsando. Sinti vergonha.

Disse que cedo aprendi que, no final das contas, a única coisa que vale, o que define a pessoa, o que a absolverá ou a condenará de modo sumário diante de qualquer corte — a começar pela sua própria consciência, onde quer que ela more —, é aquilo que você construiu. Aquilo que você pode chamar de seu, sem sombra de dúvida e sem qualquer risco de estar afanando algo que não lhe pertence.

Expliquei que falava dos projetos que você bolou e fez virar, os resultados que você erigiu, aquilo que você criou e que vai lhe suplantar no tempo, como uma daquelas marcas indeléveis que tem o poder de contar histórias. Também falava das pessoas que você conquistou, dos afetos que você angariou, do respeito, das boas lembranças, da torcida a seu favor, o que algumas pessoas chamam de reputação, o modo, enfim, como você será lembrado pelos outros — ou pelo menos entre aqueles que importam.

Isto é uma obra. As paredes que você levantou e as admirações que você arregimentou — ambas as coisas são feitas de rocha sólida. Isso é o que ninguém jamais poderá lhe sonegar. Isso é o que nunca poderão roubar de você, por mais que queiram. O resto, acredite, é vento. O resto é só espuma. O resto é pó.

A sala me ouviu em silêncio. O rapaz que me encostou na parede puxou uma salva de palmas. Mas saí dali amargurado, com a sensação de que deixei de dizer algo. Queria dizer que as relações sociais brotam das relações de produção construídas pela propriedade das forças produtivas. Que o desenvolvimento das forças produtivas tem como epicentro a elevação do caráter das pessoas por meio de uma sólida consciência social.

Emendaria dizendo que o movimento sindical brasileiro em geral carece de uma concepção classista capaz de ir à raiz do problema para estabelecer o assédio moral como fenômeno de relações de trabalho subordinadas à reprodução acelerada do capital. Diria que o estágio atual das relações sociais é um terreno fértil para oportunismos políticos, muitas vezes utilizando denominações sagradas da luta dos trabalhadores — como a palavra companheiro, que define aqueles que repartem o pão.

Arremataria dizendo que o movimento sindical classista deveria investir mais na formação, no estudo dos princípios filosóficos e da realidade brasileira. Poderia não ter resultado a prazos curtos, mas certamente plantaria raízes de uma prática sindical voltada para a consciência cidadã, abrangendo diferentes aspectos das relações sociais.

A começar pelo respeito que os trabalhadores merecem como único elemento capaz de elevar o desenvolvimento das forças produtivas e conseqüentemente o estabelecimento de relações de produção e sociais mais éticas, mais respeitáveis, mais justas, mais democráticas. Fica para a próxima.
fonte:http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/os-sindicatos-e-o-assedio-moral

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Fundação Oswaldo Cruz não dispensa terceirizados sob argumento de que serviço não pode ter descontinuidade

Regina Alvarez (regina.alvarez@bsb.oglobo.com.br)

BRASÍLIA - Enquanto mantém na lista de espera 850 aprovados no concurso realizado em outubro de 2010, a Fundação Oswaldo Cruz está usando funcionários terceirizados para executar as funções administrativas que caberiam a esses concursados. Em março, a Fiocruz foi impedida, por portaria do Ministério do Planejamento, de nomear os aprovados no concurso, e no mesmo mês fez nova licitação para contratar empresa prestadora de serviços terceirizados.

LEGAL: Governo não vê irregularidades nas contratações

Segundo denúncias encaminhadas ao GLOBO, terceirizados desempenham as mesmas atividades que seriam privativas de concursados. O Ministério do Planejamento suspendeu por tempo indeterminado a nomeação dos aprovados em concursos públicos e a realização de novos concursos. A medida faz parte do corte de R$ 50 bilhões anunciado em março para o Orçamento de 2011. Mas os gastos com terceirizados não param de crescer, como mostrou nesta sexta-feira reportagem do GLOBO .

A Fiocruz já gastou R$ 6,9 milhões este ano com locação de mão de obra. Em 2010, foram R$ 23,7 milhões. A fundação considera que não há irregularidade na licitação e informa que o pregão teve como objetivo licitar uma nova empresa de terceirização de serviços, em substituição à empresa atual. Um dos argumentos é que o serviço não pode ter descontinuidade.

O Ministério do Planejamento informou que, no caso da Fiocruz, "está negociando a autorização de provimento do concurso vigente de forma escalonada, visando a substituição de terceirizados, a partir do segundo semestre de 2011, conciliando a necessidade de substituição desse quadro com as necessidades impostas pelas restrições de ordem orçamentária".

Planejamento: acordo com MPT foi cumprido

Em relação aos demais terceirizados que executam funções consideradas irregulares pelo Ministério Público do Trabalho, como de secretariado, o Planejamento informou que promoveu reunião com a procuradora do Trabalho Daniela Marques, no dia 22 de junho, para esclarecimentos. E que a procuradora solicitou um levantamento detalhado, no prazo de 40 dias.

Em carta enviada ao GLOBO, nesta sexta-feira, o Ministério do Planejamento ressalta que o acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Tribunal de Contas da União (TCU) "foi cumprido em larga escala (90,8% do universo total de 12.106 terceirizados na Administração Direta, em 2007, por meio de concursos públicos)". Segundo a carta, os esforços do governo federal foram "objeto de elogio do procurador responsável pelo acompanhamento do caso, tendo sido prorrogado para 31 de dezembro de 2012 o prazo para conclusão do processo de substituição de terceirizados".

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) informou que não há terceirizados atuando no exame de pedidos de marcas ou de patentes e que essas tarefas são realizadas exclusivamente por servidores concursados. A indicação dessa ocorrência, como mostrou O GLOBO nesta sexta-feira, consta das notas de empenho da empresa que presta serviços ao órgão. Segundo o INPI, os terceirizados realizam só atividades acessórias.



Leia mais sobre esse assunto em http://201.7.179.6/pais/mat/2011/06/24/fundacao-oswaldo-cruz-nao-dispensa-terceirizados-sob-argumento-de-que-servico-nao-pode-ter-descontinuidade-924765831.asp#ixzz1QTtJemwO
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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Redes sociais nas empresas - Começando de dentro pra fora


A liberação dos sites de redes sociais nas empresas precisa ser vista como uma ação de empreendedorismo. Veja o depoimento de diversos empresários e profissionais quanto a utilização de redes sociais nas empresas

“A liberação dos sites de redes sociais nas empresas precisa ser vista como uma ação de empreendedorismo.”
Gabriel de Oliveira (professor de Marketing Digital e consultor especializado em estratégias web) - http://migre.me/41U5A via @pontomarketing.

Com esta frase de Gabriel Oliveira, quero dar início a uma forte discussão que para muitos é apenas uma “pirraça” de alguns gestores, mas, na realidade, o tema é bem complexo e é fato que ninguém hoje em dia tem (ou terá) uma “verdade absoluta” sobre o assunto.

Eu sei e muitos sabem que o intuito de toda e qualquer empresa é buscar credibilidade e interatividade com os consumidores, mas como conseguir isso se os próprios colaboradores são colocados de fora disso?

Já ouvi falar muito em ócio criativo e sinceramente alguns gestores falam sobre isso como pura tática para se passar por “bonzinho”. Afinal, se é permitido (às vezes) ter um tempinho pra tomar um café ou fumar num pequeno intervalo, porque não deixá-lo um pouco à frente do computador ali satisfeito por estar dando uma “tuitada”, ou até mesmo dando um “like” em algo da empresa mesmo só pelo motivo de esta estar sendo relativamente boa com ele?

Muitas razões são apresentadas para a proibição de redes sociais nas empresas; dentre elas, a mais comum é a SEGURANÇA, mas, sinceramente, sejamos francos, se tem uma coisa que não combina com nossa geração e com certeza não devia ser estimulada é a HIPOCRISIA. Puxa, se dizem que os motivos para o bloqueio são infecção das redes por malwares, vazamento de dados, bom, o jeito, então, é impedir o uso de e-mails (particulares ou não) e telefones (incluindo fixos e móveis) dentro empresa. E ai? Acha que vai resolver? Não.


“Na Dell, usamos programas de mensagens instantâneas para comunicação interna. A ferramenta dá muita velocidade para a interação. Além disso, há mais de um ano nossa intranet funciona como uma espécie de rede social. Todo funcionário pode criar seu perfil, colocar uma foto e incluir contatos na sua lista. A participação é opcional no nosso ‘Orkut corporativo’. Quem quiser participar das outras redes também tem acesso liberado. Claro que as pessoas sabem que é importante ter foco no trabalho, mas não temos nenhuma restrição ao acesso dessas páginas. Aqui, no RH, usamos redes como LinkedIn para processos de seleção. Quando encontramos o currículo da pessoa no site, usamos as informações para captação. Normalmente, não baseamos nossa avaliação apenas nesses dados, mas eles servem como complemento. Essas redes são importantes para as organizações porque permitem a busca por pessoas e por mais informações sobre candidatos de forma online. No entanto, nada ainda substitui o contato pessoal e a troca de experiências.”
Paulo Amorim – DELL – http://migre.me/41UEQ

Com este comentário do executivo de RH da DELL, dá pra entender bem que redes sociais dentro das empresas é uma questão de ORGANIZAÇÃO – isso mesmo: organização. Todos sabem que um dos meios mais eficientes de comunicação hoje em dia é a Web, e por que não usá-la a favor da empresa?

Sabemos que em algumas corporações, as redes sociais são incentivadas, e até inspiram outras ferramentas corporativas. Em outras, são totalmente banidas. Mas o que seu funcionário diz sobre a empresa nas redes sociais? Ele elogia? Ele critica? Ele tem razão em dizer o que diz? Ele é parte ativa de sua força de venda, não é? Então, para todas as respostas, quem monitorar terá trabalho a fazer!

O que poderíamos fazer para a melhoria do clima organizacional? Conversando com meu amigo Celso Cestaro (@cecestaro), até levantamos um possível título para outro artigo a partir deste assunto, é sobre Cultura organizacional; além dele outros nomes como Newton Alexandria (@DrConteudo | @New_Alexandria), Amanda Cardoso (@amandacardoso) e Gabriel Leite (@GabrieLeite) também darão aqui suas opiniões sobre o assunto.

Partindo para ferramentas, sabemos que o blog corporativo é parte fundamental de estratégias em redes sociais. Já sobre o Twitter, o grande pecado ao estar no microblog é tuitar por tuitar, tuitar de forma automática e sem relevância. Enfim, quanto às várias redes existentes hoje em dia, a dica fundamental é: saber usar cada uma delas.

Segurança nas redes sociais (Parte I)

Vamos às considerações dos profissionais mencionados acima:





Atualmente não tenho do que reclamar quando o assunto é liberação das redes sociais nas empresas, a agência em que trabalho todas as redes são permitidas. Acredito que a empresa tenha esse tipo de “postura” por ser uma agência que trabalha com publicidade online, a liberdade de acesso não é vista como uma forma de improdutividade até porque trabalha com redes sociais.

Mas me pergunto: até que ponto o acesso gera improdutividade? Um funcionário que tem um Smartphone pode conectar a hora que quiser e fazer o que bem entender no horário de trabalho. Nos tempos de hoje, as empresas não tem mais tanto controle quando o assunto é acesso as redes sociais. Acredito que independente do segmento da empresa as redes sociais precisam ser liberadas nem que seja por determinado horário. Aqui em Pernambuco tem uma empresa de tecnologia em que as redes sociais são liberadas apenas no horário do almoço, uma postura que impõe limite ao acesso, mas permite que o funcionário interaja com outras pessoas, leia notícias e comente com os próprios colegas de trabalho.

Tudo é simples quando falamos como funcionários, mas cada um tem uma postura, sempre tem aqueles sem noção que não sabem o limite da liberdade. Como foi citado no post, cabe a empresa monitorar e saber quais sites e horários são viáveis para que o funcionário tenha sua liberdade



Partindo do ponto de vista e assunto previstos, acredito numa única resposta: não há hoje como banir as redes sociais dos ambientes corporativos!

A justificativa é bastante óbvia, mas, como todas as questões na vida, toda liberdade gera responsabilidade. A obviedade está em que as empresas (leia-se setor privado) têm nesses ambientes um grande potencial de angariar clientes e conquistar um rendimento financeiro maior; já no setor público, é grande a oportunidade de se aproximar do público e oferecer serviços e atendimento único, evitando-se a aglomeração em balcões e a má reputação que envolve a seara pública no retorno aos cidadãos.

Não se pode olvidar que as liberdades poderão ser usadas em desmedida pelos colaboradores, tanto do setor público quanto do privado. Assim, a melhor maneira é a regulamentação do uso das mídias sociais, evitando-se dissabores. Um tweet, uma frase, um vídeo ou uma informação dada de forma incorreta pode gerar repercussões que podem afetar a credibilidade do serviço e/ou da empresa, além da responsabilização penal, cível e/ou administrativa decorrente.

A política de segurança da informação do órgão ou da empresa pode vir a estabelecer orientações adequadas, que dependerão, é claro, de uma culturalização do assunto. Sem palestras de inserção do tema e destaque quanto à sua importância os resultados podem não ser positivos.

Já escrevi alguns artigos sobre redes sociais e segurança da informação. Deixo os seguintes textos como indicação de leitura, sendo o segundo uma abordagem mais técnica e jurídica, enfocando as responsabilizações penais e cíveis decorrentes:



"As mídias sociais já fazem parte do dia a dia dos brasileiros e a metodologia de trabalho deve fazer parte dessa tendência, não ir contra, ou seja, bloqueando e estabelecendo proibições ao acesso. Estamos vivendo uma revolução digital onde o Google, as mídias sociais e a internet são o centro de tudo. Hoje no Brasil cerca de 85% das pessoas que acessam a internet estão em alguma rede social e possui uma forte necessidade de estar se expressando a todo o momento. Como barrar isso? Não há mais controle. Se bloquear o computador o colaborador ficará chateado com a empresa e fará de tudo para quebrar o bloqueio ou até irá fazer pelo celular, não seria melhor então liberar? Porém, para isso é preciso ter palestras de conscientização com um manual interno de utilização das mídias sociais, com dicas e sugestões éticas de uso no ambiente de trabalho, de forma que o colaborador não perca o foco e não acabe, por falta de informação, prejudicando a empresa e seu trabalho. Pesquisas mostram já que a utilização das mídias sociais no ambiente de trabalho tornam os profissionais mais produtivos. Vamos twitar, vamos curtir, agora tudo com responsabilidade e organização. A metodologia de trabalho moderna nas empresas cada vez mais deve pregar pelo bem estar dos colaboradores, nada melhor que se sentir bem no lugar que trabalha.”



“As empresas devem assimilar e encarar de uma vez por todas que o controle das informações e das ferramentas de expressão não está nas mãos delas. Prova maior disso são as reclamações de consumidores e funcionários na internet, especialmente nas redes sociais, que viram verdadeiras febres, inclusive porque outros se sensibilizam e viralizam-nas, porque sabem que têm o poder juntos, e que não há melhor ambiente para serem ouvidos do que naquele onde a empresa-alvo não pode facilmente controlar.

Quando responsável pela área de Comunicação e Marketing de uma empresa, um dos meus desafios foi o de como controlar o acesso dos vendedores em pleno expediente às redes/mídias sociais. A solução foi reuni-los e pedir que eles sugerissem um horário que mais lhe conviessem para atualizar suas informações na web.

Cada caso é um caso, mas acredito que o diálogo e a sondagem são fatores decisivos para resolver a questão de forma a dar direitos e definir deveres, e que no geral seja satisfatório para todos os envolvidos. As tecnologias estão aí, as novas mídias, como o próprio nome diz, são sociais, e não dá para ignorar e usar as velhas práticas, exatamente porque são novos tempos, são novos valores, tudo novo. A saída mais condizente é adotar políticas inclusivas, e não restritivas.”


Newton Alexandria, Cofundador e CEO da Dr. Conteúdo.

Fonte: http://www.oficinadanet.com.br/artigo/midias_sociais/redes-sociais-nas-empresas-tudo-tem-que-comecar-de-dentro-pra-fora

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Meio Ambiente e Sustentabilidade - Filmes

Ilha das flores

Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho. Documentário de Jorge Furtado



Cabuçu - O lixo nosso de cada dia

Primeiro filme de José Nelson realizado em 16mm (1977) num grande vazadouro de lixo que recebia os restos da Baixada Fluminense e de parte da cidade do Rio de Janeiro. O filme mostra a atividade dos catadores, e muitos moram dentro do próprio lixo em barracos miseráveis. Estas pessoas foram conduzidas a morar, comer, conviver e sobreviver do lixo como última opção de vida. Como diz um dramático depoimento de uma das catadoras de lixo: "meu marido me abandonou com seis filhos pequenos, é catar lixo ou morrer de fome". Ou ainda o depoimento de um comprador de ferro-velho:" Aqui eles comem tudo, galinha podre, peixe podre, batata, tudo que eles apanham". "Não sei como não morrem".

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Boca do Lixo - Duração: 48m45seg

O cenário, à primeira vista, pode chocar: um ponto de escoamento de lixo em São Gonçalo, município do Rio de Janeiro. Seringas usadas, comida em estado de decomposição, um estado de miséria absoluta. Pessoas selecionam objetos e comida que possam ser reaproveitados; o que foi rejeitado por uma pessoa serve como fator de sobrevivência para esta. O cenário desalentador não exprime o estado de espírito dos catadores. Há um conjunto de integridade e valores que superam todo aquele estado, e a câmera de Coutinho é a responsável por essa aproximação. Alguns negam que comem coisas do lixo (mesmo que a câmera os desminta), outros afirmam com orgulho; uns estão ali por falta de oportunidade, outros por opção: [WINDOWS-1252?]“(…) é melhor do que ter patrão [WINDOWS-1252?](…)”. O filme se desvincula da pretensão de registrar um contexto adverso aos padrões de uma sociedade respeitadora dos direitos dos seus cidadãos e arranca dela contradições e ambigüidades, que por sua vez, são capazes de redimensioná-la e reinventá-la.

diretor Eduardo Cotinho 1992

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Lixo Extraordinario - Duração: 01h34min

Filmado ao longo de quase dois anos, Lixo Extraordinário acompanha a visita do artista plástico Vik Muniz a um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro. Lá, ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis. O objetivo inicial de Muniz era "pintar" esses catadores
com o lixo. No entanto, o trabalho com estes personagens revela a dignidade e o desespero que enfrentam quando sugestionados a imaginar suas vidas fora daquele ambiente.

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O Principio do circulo - Duração: 09min13seg

A partir de 2001, o Conjunto Nacional passou a ostentar, em sua fachada e galerias, uma inovadora decoração natalina, elaborada com materiais recicláveis.

A ousadia do Natal Nacional permitiu a transformação das imagens tradicionais do presépio em figuras e temas da arte e da cultura popular brasileira.

Reciclagem e coleta seletiva - Duração: 09min59seg

Reportagem detalhada sobre o lixo gerado na cidade de São Paulo. Idéias criativas para dar um destino correto para o lixo, em casa.

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Documentario - O desafio do lixo - Duração: 01h46min

A equipe da TV Cultura viajou mais de 70 mil km pelas Américas e Europa, com a incumbência de retratar o problema do lixo e mostrar as bem-sucedidas experiências na busca de soluções para essa grave questão. Com a série, a TV Cultura propõe-se a analisar, discutir e mostrar as possibilidades concretas em direção a novos objetivos. Mais importante que simplesmente denunciar os dramas do lixo, a emissora tem a pretensão de, com o projeto, contribuir para solucioná-los, visando a implantação de políticas que incluam a educação ambiental na sociedade e sua imprescindível participação. Estados Unidos - Traça um panorama sobre os problemas e algumas soluções encontradas na destinação do lixo produzido pela maior economia do mundo; como: o esgotamento dos aterros; a coleta e reciclagem em São Francisco; a experiência de coletas especiais de grandes prédios; a transformação de resíduos das estações de esgoto em
fertilizantes e a falta de destinação satisfatória para o lixo nuclear. Canadá e Alemanha - O problema do esgotamento dos aterros se repete; a coleta seletiva doméstica na metrópole de Toronto e de uma pequena cidade; a situação dos garis no Canadá; a compostagem de lixo e a incineração, uma usina que tritura e recicla mais de 600 carros por dia; a coleta e reciclagem de embalagens de agrotóxicos, o drama do lixo nuclear na Alemanha; a coleta seletiva que reduziu em 15% o descarte de embalagens, os problemas da incineração e do lixo rural, a surpreendente alta-costura feita com lixo e a reciclagem de prédios abandonados.

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Comprar jogar fora obsolescencia programada

Comprar, tirar, comprar, un documental sobre obsolescencia programada, o lo que es lo mismo, la reducción deliberada de la vida de un producto para incrementar su consumo.

Fabricados para no durar

Baterías que se 'mueren' a los 18 meses de ser estrenadas, impresoras que se bloquean al llegar a un número determinado de impresiones, bombillas que se funden a las mil horas... ¿Por qué, pese a los avances tecnológicos, los productos de consumo duran cada vez menos? Quieres saber dónde terminan?..

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O guerreiro do lixo - Duração: 01h27min

Vivemos hoje num planeta tomado de poluição e sujeira e por isso se eu falar pra você em latas de cerveja, pneus de carro e garrafas de água, qual a primeira coisa que lhe vem a cabeça? Lixo, sujeira e poluição?

Então você não conhece o arquiteto Michael Reynolds que desde há a década de 70 começou a construir no Novo México casas com materiais reciclados baseado em modelos auto-suficientes que são conhecidos como Earthships que também reutilizam água da chuva e energia solar.

Porém Michael é considerado um grande humanista que traz consigo soluções para problemas que o mundo enfrenta hoje, mas já foi contestado várias vezes pelas associações de arquitetos e pelas leis que estabelecem padrões de arquitetura dos EUA e viu diversas das suas construções serem interditadas por não ter instalações de água quente, por exemplo e por consequência disso também tiraram sua licença de arquiteto.

Reynolds até hoje continua com seu trabalho e no início de 2005, foi para a ilha de Nicobar que acabava de ser devastada por um tsunami e na esperança de que a calamidade e a falta de infraestrutura fizessem com que os entraves burocráticos pudessem ser postas de lado. Assista o filme e descubra quem apoia e quem tenta ir contra os projetos de Michael.

penosaku on livestream.com. Broadcast Live Free


Home a nossa casa

Home é um documentário lançado em 2009, produzido pelo jornalista, fotógrafo e ambientalista
francês Yann Arthus-Bertrand. O filme é inteiramente composto de imagens aéreas de vários lugares da Terra. Mostra-nos a diversidade da vida no planeta e como a humanidade está ameaçando o equilíbrio ecológico. O filme foi lançado simultaneamente ao redor do mundo em 5 de Junho nos cinemas, em DVD e no YouTube. Foi estreado em 50 países diferentes e é totalmente gratuito e sem lucros comerciais. Produção

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Home foi filmado em vários estágios devido à extensão das áreas retratadas. Levando cerca de 18 meses para ser completado, o director Yann Arthus-Bertrand, um operador de câmera, um engenheiro de câmera e um piloto voaram em um pequeno helicóptero através de várias regiões em cerca de 50 países. A filmagem foi feita utilizando câmera Cineflex de alta definição suspensas em uma esfera giratória estabilizada, montada na base do helicóptero. Essas câmeras, originalmente fabricadas para artilharia, reduzem as vibrações ajudando a capturar imagens suaves. Após quase todos os vôos, as gravações eram imediatamente checadas para se ter a certeza de que elas eram viáveis.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Uso do e-mail corporativo exige prudência e bom senso

Local de trabalho. Alguém recebe uma mensagem eletrônica indesejada e a reenvia com a opção “responder a todos”. Pronto. A confusão via e-mail está armada. Foi o que aconteceu no mês de junho, quando uma usuária do correio eletrônico do Senado enviou a outros usuários convite para uma peça de teatro. Alguns dos destinatários não gostaram de receber o e-mail, considerado spam interno, e protestaram. Responderam a mensagem “a todos” e produziram uma enxurrada de spam’s que incomodou muita gente.

As caixas só pararam de lotar quando o diretor da Subsecretaria de Infra-Estrutura Tecnológica - SSITE do Prodasen, Pedro Enéas Mascarenhas entrou na discussão e enviou e-mail pedindo para que os servidores não mais respondessem à mensagem. “Ao responder, o usuário pode agir como outro gerador de spam ou confirmar o endereço eletrônico do Senado Federal a um emissor externo que, possivelmente, não tinha certeza da validade desse endereço”, explicou Pedro Enéas.

De acordo com o ato do 1º Secretário, nº 26 de 2003, “Enviar mensagens que tenham como objetivo a promoção de produtos e serviços de caráter não institucional; incomodar qualquer usuário, seja por meio da quantidade ("mail bombing"), freqüência, tamanho ou linguagem das mensagens...” são condutas de uso inadequado do correio eletrônico de trabalho e podem render o bloqueio do uso dessa ferramenta ou até mesmo infração funcional, a ser apurada em processo administrativo disciplinar.

Para evitar problemas com a instituição que, nesses casos, tem todo o direito de bloquear o e-mail do servidor, o Prodasen aconselha a criação de e-mail particular, que também deve ser usado com prudência e bom senso. “Devemos pensar no e-mail como pensamos no telefone. Do mesmo modo que o telefone do local de trabalho é utilizado para assuntos profissionais e o celular ou o residencial destinam-se a questões pessoais, o e-mail de trabalho deve ser utilizado para assuntos de trabalho. Propagandas e outros assuntos devem ficar para o e-mail pessoal”, aconselha Pedro Enéas. Em 2005, o Tribunal Superior do Trabalho permitiu que o HSBC Seguros Brasil S.A investigasse o e-mail de trabalho de seu empregado, com o objetivo de obter provas para a demissão por justa causa. O funcionário utilizou o correio eletrônico corporativo para enviar fotos de mulheres nuas aos colegas.

Mas, se o funcionário acessar o e-mail pessoal do computador da empresa e baixar conteúdos que esta considere inadequados ou que a comprometam, também é direito do empregador vasculhar esse conteúdo. A princípio, os arquivos baixados estariam protegidos por privacidade, pois o endereço e o provedor são particulares. Entretanto, como o conteúdo ficou armazenado no HD da máquina da empresa, ela tem todo o direito de ter acesso a essas informações. Se, por meio da internet e utilizando um computador do local de trabalho, o usuário comete qualquer ilegalidade que possa responsabilizar a empresa, usar o IP da máquina para provar a incidência de autoria é única saída para o empregador. Por isso, é praxe implementar antivírus e firewall, fornecer a cada funcionário login e senha, além de monitorar atividades online.

No Senado, apesar da grande quantidade de caixas postais ativas (cerca de 10 mil) e do volume de e-mails recebidos, não há registro de casos que envolvam servidores e o uso inadequado dessa ferramenta a ponto de responsabilizar juridicamente a instituição. Se o servidor envia mensagens inapropriadas, o Prodasen bloqueia o uso do e-mail até que o chefe do infrator faça a solicitação de restabelecimento do serviço. Na hipótese de reincidência, além do bloqueio, quem desobedece às regras tem de fazer um treinamento para aprender a utilizar a ferramenta. Tudo de acordo com o ato do 1º Secretário, nº 26 de 2003.

E para evitar a presença de spams e vírus, o Prodasen faz o controle de recebimento e envio de e-mails de diversas maneiras. “Em períodos de pico, como as pré-eleições, registramos o recebimento de mais de 10 milhões de e-mails por mês. Tentamos fazer a filtragem para detectar vírus externos. Obedecemos critérios internacionais para definir a possibilidade de spam, como por exemplo, a origem da mensagem”, explica Pedro Enéas. Mas, ainda assim é possível que mensagens indesejadas cheguem à caixa postal do servidor. Para evitar que isso se repita, o diretor da SSITE orienta: “O cliente outlook tem o lixo eletrônico. O próprio usuário individualiza o uso da classificação eletrônica. Para isso, o servidor deve pedir auxílio ao seu gerente de contas. A nossa missão é atender ao usuário e garantir um serviço com a qualidade que o Senado precisa.”


fonte:http://www.senado.gov.br/portaldoservidor/jornal/jornal80/senado_email_spam.aspx

13 lições para lidar bem com o e-mail corporativo

O ambiente corporativo é um mundo de aparências e você já deve ter percebido que adotar certas regrinhas sociais pode facilitar muito sua vida. Fazer bom uso do e–mail é fundamental.


Hoje vivemos no mundo do trabalho com dois nomes: o da identidade na carteira e o do e–mail, com arroba. É praticamente impossível pensar na praticidade, comodidade e rapidez dos contatos profissionais em nossa vida atual sem o correio eletrônico, apesar dos vírus, piadas, correntes ou figurinhas cômicas.

No entanto, é fácil perceber nas empresas que muitos ainda não se habituaram a ter certas regras de utilização do e–mail ou mesmo de etiqueta profissional no mundo conectado – algo que tem a ver, em boa medida, com educação. Assim, quem sabe as lições a seguir poderiam ajudar:

1. Hábito. Estabelecer regras de uso diário do e–mail é uma boa dica para evitar estresse e perturbações no trabalho. O importante é ter um ritmo próprio de visualizar as mensagens e respondê–las – se pela manhã, ao chegar, se na hora do almoço ou apenas à tarde.

2. Objetividade. Ir direto ao ponto é, no mínimo, o melhor que você pode fazer por seu destinatário. Pense no que quer dizer e escreva sua mensagem, tendo consciência da sigla QQCOPq, ou Quem, Quando, Como, Onde e Por que, usada no jornalismo.

3. Identificação. Ser pessoal é se identificar, usando verbos na primeira pessoa: “farei”, “envio”, “elaborei” etc. Isso ajuda a dar mais personalidade e comprometimento com o que se transmite.

4. Concisão. É escrever o essencial em poucas linhas, sendo ainda assim bastante claro. Expor as idéias em poucas palavras é questão de hábito: se a barra lateral de scroll do programa que recebe os e–mails estiver minúscula, saiba que isso é um convite a apenas “passar os olhos” pelo texto, sem absorvê–lo com atenção.

5. Simples. Seja o que você é também para escrever. A melhor comunicação escrita é aquela simples, que dá o recado e todos entendem o seu tom. Evitar palavras rebuscadas ou frases de efeito para impressionar quem lê a mensagem é a melhor saída para não cair no ridículo.

6. Educação. Ao escrever e–mails, principalmente por ser uma comunicação muito fria, usar “por favor”, “desculpe”, “por gentileza” e outras expressões igualmente polidas conquista e agrada quem recebe a mensagem. A resposta, assim, fica mais fácil de ser conseguida.

7. Redação. Redigir bem não é algo que cai do céu. É preciso muita leitura e alguma prática. Tentar escrever com calma e cuidado e depois reler e corrigir o que não estiver bem é o primeiro passo. E–mails bem escritos causam uma boa impressão e geram mais respeito por parte de quem os recebe. Afinal, saber usar a sua própria língua é uma vantagem no mercado.

8. Respeito. Ao receber e–mails, é conveniente responder àqueles urgentes em primeiro lugar, mas sem jamais deixar de responder a todos. Basta informar que responderá mais tarde. Além disso, programas de correio eletrônico modernos podem sinalizar ao destinatário que você leu a mensagem. Neste caso, deixar de enviar um reply beira a grosseria e suja a imagem de qualquer um.

9. Particular. Usar webmail pessoal no trabalho só mesmo se tiver tempo livre ou se necessitar de alguma informação extra. Esquecer questões externas ao trabalho, por um tempo, ajuda a parecer que somos menos ocupados – mesmo que por um breve espaço de tempo.

10. Relaxe. Você não precisar e nem deve ficar tomando conta de sua caixa de entrada. Essa preocupação com as mensagens tira a concentração e gera muita ansiedade, deixando a estranha sensação de que há algo por fazer.

11. Internetês. Sem carinhas nem ‘rs’ ou ‘hehehe’ nas mensagens corporativas, por favor. Abreviaturas, a menos que seja o popular ‘abs’ de despedida, também devem ser cortadas, pois podem indicar preguiça ou impaciência do autor. Mas, é melhor seguir a etiqueta do chefe nesse caso: se nem isso ele usa, melhor não arriscar. Ah, frases supostamente “edificantes” ou provérbios retirados de páginas na web também são fora de moda e inadequados.

12. Cópias. Muito cuidado com quem fica nas cópias dos e–mails. Determinadas informações não são para todos, mas todos que estão na cópia, muitas vezes, precisam saber que receberão (e por que) determinada mensagem.

13. Levante! Para que sua inspiração se aproxime e o e–mail seja apenas mais uma ferramenta de trabalho, levante da cadeira e dê umas voltas. Converse com os outros, tome um café, olhe pela janela, arrume alguns papéis. Enfim, busque formas de se sentir mais no mundo real! E quando voltar, aperte “Enviar/receber”.

fonte:http://webinsider.uol.com.br/2004/08/15/13-licoes-para-lidar-bem-com-o-e-mail-corporativo/

quinta-feira, 2 de junho de 2011

E deus criou o homem

No primeiro dia, Deus criou a vaca e disse:

"Você deve, diariamente, ir ao campo com o fazendeiro, ficar sob o sol, ter bezerros e dar leite para alimentar fazendeiro.
Eu lhe dou 60 anos de vida"
A vaca respondeu:
"É uma vida muito sacrificada para mim durante 60 anos.
Eu aceito 20 e devolvo os outros 40."
E Deus aceitou.

No segundo dia, Deus criou o cachorro e disse:

"Fique sentado todos os dias sob o sol,
Na frente da casa e lata para qualquer um que passar.
Eu lhe dou uma vida de 20 anos."

O cachorro disse:
"É uma vida muito longa para ficar latindo.
Dê-me 10 anos e eu devolvo os outros 10."
E Deus aceitou.

No terceiro dia, Deus criou o macaco e disse:
"Divirta as pessoas, faça-as rir. Eu lhe concedo 20 anos."

O macaco disse:
"Fazer macaquice por 20 anos é muito chato. Para o cachorro o Sr. Concedeu 10 anos. Faça o mesmo comigo.."
E Deus concordou.

No quarto dia, Deus criou o homem e disse:

"Coma, durma, brinque, faça sexo e não se preocupe com nada.
E lhe concedo 20 anos.

O homem respondeu:
"O quê? Só 20 anos? Que miséria.
Veja, eu pego os meus 20, os 40 que a vaca devolveu, Os 10 do macaco e os 10 do cachorro.
Isso faz 80 anos.

Está bem" -Deus respondeu. "Negócio fechado".

É Por isso que durante os 20 primeiros anos de nossa vida nós comemos, dormimos, brincamos, fazemos sexo ...
E não fazemos mais nada.

Nos 40 anos seguintes nós trabalhamos como uma vaca sob o sol para manter a família.

Nos outros 10 anos fazemos macaquices para distrair os netos.

E nos últimos dez anos ficamos sentados na frente da casa cuidando de todo mundo...

Tráfico Aéreo Mundial Visto Desde el Espacio


La duración de este clip es de 2 minuto y 24 segundos. Representa 48 horas consecutivas de aviones viajando durante esos días. Cada segundo
del video es equivalente a 20 minutos.

Cada pequeño punto amarillo representa un vuelo con 250 pasajeros por lo menos.
Pueden ver que los vuelos de los EE UU hacia Europa parten
principalmente de noche, y regresan de día.

Dada la iluminación del sol sobre la tierra, se puede determinar que
es verano en el hemisferio del norte. Fijénse que el sol mantiene
iluminado el Polo Norte durante las 24 horas, mientras que el Polo Sur
casi ni se ve

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Notas machadas de rosa não têm valor e pessoas que a receberem podem ser investigadas

BRASÍLIA - O governo criou regras duras e que proíbem o uso de cédulas de real manchadas, por mecanismos antifurto, em consequência de roubos em caixas eletrônicos. A pessoa que receber uma nota com essas manchas poderá até mesmo ser investigada pelas autoridades policiais, além de não ser ressarcida pelo valor perdido. O objetivo, resumiu o diretor de Administração do Banco Central (BC), Altamir Lopes, é evitar justamente que o cidadão aceite notas de real com essas características.

- A população deve ficar bastante atenta para as manchas de coloração rosa que venham a descaracterizar as notas - afirmou Lopes, referindo-se aos mecanismos antifurto usado pelos bancos em caixas eletrônicos.

Nos últimos meses, cresceram de forma intensa os assaltos a terminais eletrônicos de bancos com o uso de explosivos, usados para destruir esses caixas. Os alvos têm sido sobretudo os terminais 24 horas. Com isso, os bancos criaram um mecanismo de defesa, que libera uma tinta rosa assim que o caixa é atingido, manchando as notas. Hoje, o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central (BC) divulgaram medidas legais que regulamentam o destino dessas notas danificadas.

Uma das mais importantes é a que determina que essas notas perdem sua validade e, quem a receber, não terá direito de ser ressarcido pelo valor das cédulas. Ou seja, terá prejuízo. O BC orienta, ainda, que essas pessoas entreguem essas notas ao banco. Mas, para isso, terá de apresentar seu CPF, um documento de identidade com foto e o endereço para ser achado. Lopes argumentou que esse procedimento é importante porque, eventualmente, a nota entregue pode ainda valer, caso as manchas sejam de outra natureza, e receber o valor de volta. Ele reconhece, no entanto, que caso a cédula realmente esteja danificada pelo mecanismo antifurto, a pessoa poderá ser investigada pelas autoridades policiais.

- Se o BC comprovar que a cédula está danificada, será encaminhada para a polícia.

Os bancos que receberem as notas manchadas das pessoas, terão de encaminhá-las para que o BC faça a análise técnica. Lopes explicou ainda que, caso o cidadão retire dinheiro de um caixa eletrônico e venham cédulas machadas de rosa, existem dois procedimentos: se estiver ainda no horário bancário, a pessoa deve tirar imediatamente um extrato comprovando a retirada do dinheiro e procurar o gerente da agência. Fora do horário bancário, a pessoa terá de também fazer um Boletim de Ocorrência e, no dia seguinte, procurar o proprio banco. Nestes casos, as pessoas serão ressarcidas.

O BC explicou também que os bancos serão ressarcidos, mas descontando os custos de produção da cédula e de processos do BC, quando uma tentativa de roubo em caixa eletrônico não for bem-sucedido e, eventualmente, cédulas manchadas permanecerem no local. Lopes disse ainda que outros mecanismos antifurto terão de ser criados para a população com deficiência visual.



Fonte:http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/06/01/notas-machadas-de-rosa-nao-tem-valor-pessoas-que-receberem-podem-ser-investigadas-924582760.asp

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Fiocruz e Butantã na mira de Bill Gates

Excelentes as articulações desenvolvidas pelas autoridades de Saúde do Brasil – à frente o ministro Alexandre Padilha – que resultaram no agendamento do encontro no dia 20 de julho, nos Estados Unidos, entre o megaempresário Bill Gates e o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.

Os dois vão discutir investimentos da Fundação Bill e Melina Gates – maior financiadora particular de iniciativas de saúde no mundo – no desenvolvimento de vacinas e principalmente em sua produção pelos dois laboratórios brasileiros de forma a baixar o custo destes medicamentos em todo o mundo.

Fundador da Microsoft e 1º colocado na maioria das listas de milionários do mundo (fortuna de US$ 57 bi) Bill Gates é um dos maiores filantropos da atualidade. Ele programa fazer doações aos dois laboratórios brasileiros para que produzam imunizantes para exportação – principalmente vacinas contra febre amarela.
Iniciativa visa baixar preço de vacinas em todo o mundo

Seu principal objetivo é fazer com que estas vacinas entrem no mercado com o menor preço do planeta e assim, forcem os demais laboratórios a também derrubar os preços de seus imunizantes. O mercado de vacinas movimenta hoje no mundo a mais de US$ 24 bi por ano.

Bill Gates, através de sua Fundação é hoje o segundo maior doador da Organização Mundial de Saúde (OMS) das Nações Unidas, superado apenas pelo governo dos Estados Unidos.Os entendimentos com as autoridades e os dois laboratórios brasileiros começaram em meados do ano passado, quando o filantropo norte-americano mandou seus técnicos ao Brasil para estudarem a possibilidade de transformar a Fiocruz e o Butantã nas duas maiores bases mundiais de exportação de vacinas.

“Meu pessoal ficou muito impressionado com a qualidade do trabalho” contou o megaempresário em entrevista publicada no Estadão de hoje, na qual adianta que só espera, agora, a definição do Brasil sobre quais vacinas ganharão prioridade no processo.

“Década da vacinação”

Bill Gates deu a entrevista na sede da OMS em Genebra, quando convocou os ministros da Saúde de todo o mundo a lançar a “década da vacinação” e imunizar 10 milhões de crianças até 2010.

Leiam mais sobre esta movimentação de Bill gates em relação aos dois laboratórios brasileiros nas matérias que ocupam uma página no Estadão, hoje, com os títulos Bill gates sonda laboratórios do País para financiar procdução de vacinas; OMS reém de doares preocupa países; Butantã confirma participação em concorrência; e Transferência de tecnologia alavanca Bio-Manquinhos.

Fonte: http://correiodobrasil.com.br/fiocruz-e-butanta-na-mira-de-bill-gates/241702/

terça-feira, 10 de maio de 2011

As redes sociais e o ambiente de trabalho

Do UOL

Companhias tentam controlar as opiniões de seus funcionários nas redes sociais

EL PAÍS

Ramón Muñoz
Em Madri (Espanha)

Iniciar a sessão no Twitter depois de uma discussão com o chefe, ou procurar no mural do Facebook um desafogo depois de um dia de trabalho pouco reconfortante podem ser decisões fatais. As redes sociais são coisa do diabo porque nelas, à diferença de outras mídias, a fronteira entre o privado e o público é tão sutil que é quase impossível discernir se um comentário crítico sobre a empresa para a qual trabalhamos faz parte da liberdade de expressão na esfera da intimidade ou pode ser considerado um ato de indisciplina.


Um Twitter ácido contra um superior, ou outro no qual se critiquem as condições de trabalho, pode representar uma sanção ou a demissão. A pouca idade das redes sociais impede que exista uma legislação concreta sobre o assunto. Por isso vai se acumulando uma jurisprudência fruto de sentenças isoladas, muitas delas contraditórias, pelo uso inadequado desses poderosos instrumentos de comunicação.


As empresas vigiam cada vez mais as opiniões de seus empregados nas redes sociais, que também se transformaram em uma plataforma de marketing para as firmas. No Twitter, 94,87% dos usuários seguem alguma empresa, segundo um estudo da Associação Espanhola da Economia Digital. E são cada vez mais as que aplicam códigos internos de conduta para impedir que a inspiração literária de seus funcionários prejudique sua imagem corporativa ou crie um clima interno negativo.

No caso dos meios de comunicação, o debate se amplia ainda mais, pois a matéria com que seus empregados trabalham é a informação e a opinião. Veículos tão poderosos como The Wall Street Journal, The Washington Post, BBC, Reuters ou Bloomberg redigiram normas estritas para seus jornalistas. Revelar fontes, divulgar opiniões contrárias à linha do veículo ou empregar uma linguagem inadequada são algumas de suas proibições. Elucidar se fazem parte do controle editorial ou são uma forma sibilina de censura começa a ser matéria de debate entre a profissão.

Nos EUA, berço das redes sociais mais populares, o debate também avança. Dawmarie Souza, funcionária de uma companhia de ambulâncias de Connecticut, foi demitida no ano passado depois de publicar no Facebook um comentário descritivo sobre seu chefe (o qualificou com o código usado para os pacientes psiquiátricos). A Junta Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB na sigla em inglês), órgão governamental que vigia as práticas trabalhistas injustas, processou a American Medical Response, empresa em que Souza trabalhava, por entender que a política que impunha a seus trabalhadores de publicação na Internet era "vaga demais" e "continha dispositivos ilegais". A NLRB estimou que os empregados também têm na Internet o direito a comentar "os termos e condições de seu emprego com os demais". A empresa se dobrou e em fevereiro passado chegou a um acordo monetário com a funcionária. O fato de o comentário ter sido feito na casa dela e com uma conta pessoal foi decisivo.

Menos sorte teve Kimberley Swann, uma jovem inglesa de 16 anos que qualificou em seu perfil no Facebook de "dia muito aborrecido" sua primeira jornada de trabalho nos escritórios da Ivell Marketing & Logistics. Seu chefe quis evitar que continuasse se aborrecendo e a demitiu de modo fulminante, apesar de a funcionária em nenhum momento ter mencionado o nome da empresa. No Facebook criou-se um grupo de apoio a sua causa.

Na Espanha, a Generalitat (governo provincial) da Catalunha suspendeu por três meses o professor de latim de uma escola de El Morell (Tarragona), por ter feito comentários insultuosos ou intimidantes contra o diretor e outros professores através do Facebook, ao mesmo tempo que pedia a seus alunos que aderisse à campanha.

"Não há norma que regulamente esse tema expressamente. O conflito de alguns anos sobre se as empresas podiam espionar ou não o correio eletrônico de seus funcionários [o Tribunal Supremo resolveu em 2007 que grampear os e-mails é invasão da intimidade] se transferiu agora para as redes sociais, embora neste caso seja mais complicado decidir entre o uso pessoal e o profissional. Mais que uma lista de normas estritas, as empresas devem articular uma série de regras simples para ajudar seus empregados a não agir errado", opina Jesús Herranz, gerente de novas tecnologias da BDO Abogados.

Nesses conflitos não se decide uma sanção disciplinar, contida na norma trabalhista, como as que sofreram dezenas de trabalhadores por faltar ao trabalho e depois publicar imprudentemente no Facebook fotos de noites de farra. Aqui se trata de opiniões pessoais, comentários entre colegas como os que são feitos na máquina de café ou enviados por e-mail e por torpedos, mas utilizando como canal as redes sociais. E seu controle fica à mercê da arbitrariedade e da casualidade de que um chefe ou colega o veja e o divulgue, pois a maioria das empresas não tem normas específicas.

De fato, uma pesquisa da consultoria Manpower Professional revela que 75% dos empregados afirmam que suas empresas não têm uma política formal sobre o uso das redes sociais no trabalho. "Isso sugere que uma ampla maioria de empresas está adotando a posição de esperar para ver o que acontece antes de desenvolver suas próprias políticas sobre o uso das redes sociais", diz o estudo.

"De acordo com artigo 20 do Estatuto de Trabalhadores, o que o empregado fizer dentro da jornada ou na representação da empresa entra no contrato, e se aplica a boa-fé contratual, isto é, ele deve cumprir fielmente seu contrato e evitar causar danos à empresa com seu comportamento, como prejudicar sua reputação corporativa. É aqui que se deve distinguir entre o que alguém diz em uma rede social como cidadão amparado pela liberdade de expressão e o que diz como representante de uma empresa. E aqui novamente, e com um traço grosso, e que cabe distinguir o que se diz em uma conta corporativa, na qual aparece o cargo que ocupa, do que se diz em uma pessoal, na qual não se inclui o cargo", diz Paloma Llaneza, advogada especialista em novas tecnologias.

O panorama está mudando. As empresas são conscientes de que sua imagem depende da rede. E de que para cuidar dela é muito mais importante que seus empregados se expressem apropriadamente no Facebook ou Twitter do que usar terno e gravata. Apostam muito nisso. Mesmo que só seja porque 83,4% dos internautas utilizam alguma rede social (última pesquisa da Ocio Networks).

Para controlar e administrar essas ferramentas sociais em benefício das empresas, tanto interna como externamente, nasceu uma nova profissão, os "community managers" [gerentes de comunidade], cuja demanda se multiplicou por oito em 2010, segundo o relatório da agência de empregos online Infojobs.

E não só as empresas. Também os trabalhadores precisam se transformar em seus próprios "community managers" e cuidar de seus perfis na Internet. As redes sociais podem servir para encontrar um emprego ou como trampolim na carreira profissional. Retuitar as ocorrências do chefe ou comentar elogiosamente as fotos de suas férias no Facebook se transformou em um clássico.

"As empresas também vão à rede buscar informação sobre os possíveis candidatos: o currículo é a fonte principal, mas não a única. Devemos ter muito presente o que a rede diz sobre nós: administrar nossa reputação online. É importante estar nessas redes, mas sempre cuidando da informação que oferecemos sobre nós", diz Marcela González, da Infojobs.

O conluio entre empresa e empregados pode ser inevitável. "Estão em jogo dois tipos de direitos, os de expressão e de privacidade do trabalhador e o direito patrimonial da empresa a não sofrer danos imateriais, como podem ser a reputação mercantil ou a imagem diante dos consumidores. Não há uma legislação sobre uso laboral de novas tecnologias nem sobre preconceitos que a empresa possa sofrer por causa de opiniões de trabalhadores nem em meios tradicionais nem eletrônicos. Mas há uma extensa doutrina judicial por transgredir a obrigação legal de boa-fé, e a ela recorrem às vezes os empresários para justificar demissões por danos. Os convênios coletivos que regulamentam o uso de novas tecnologias são uma via adequada para buscar uma confluência de interesses", indica Pepe Callejas, do Gabinete Técnico Confederal da UGT.

No caso dos meios de comunicação, esse conluio de direitos se aguça. Twitter e Facebook se transformaram em ferramentas de difusão de notícias e opiniões, um canal instantâneo muito mais ágil e universal que as próprias mídias. Mas também muito mais livre. E isso incomoda a mídia.

Depois de 20 anos na CNN, a jornalista especializada em Oriente Médio foi demitida depois de escrever no Twitter um comentário elogioso sobre um religioso xiita. "É triste saber da morte de Sayyed Hussein Fadlallah, um dos gigantes do Hizbollah, ao qual respeito muito." Apesar de ter-se desculpado, a rede americana manteve a sanção por entender que ela havia comprometido sua "credibilidade" e a do veículo.

Para evitar esses incidentes, alguns veículos criaram código sérios. "Todos os jornalistas do The Washington Post devem renunciar a alguns de seus privilégios como cidadãos particulares e assumir que suas mensagens em qualquer rede social são, para efeitos práticos, equivalentes ao que aparece embaixo de sua assinatura no jornal ou em nosso site", começa o manual. O prestigioso jornal não só proíbe seus repórteres de "escrever ou publicar qualquer coisa que possa refletir uma parcialidade ou favoritismo político, racial, religioso ou sexual", como lhes proíbe tornar-se seguidores ou unir-se a grupos dessas redes que sejam suscetíveis de manchar a credibilidade do órgão.

A agência Reuters deixa ainda mais claro para seus jornalistas: "A distinção entre o privado e o profissional quase não existe, e você deve assumir que o pessoal e o profissional nas redes sociais é uma só atividade, não importa o quanto se esforce para mantê-las separadas". A agência financeira Bloomberg orienta seus jornalistas com uma advertência: "Primeiro pergunte; depois tuíte". Quase todos esses veículos proíbem expressamente divulgar fontes, comentar a elaboração das notícias ou manter um debate com os leitores ou com veículos rivais.

Alguns jornalistas entenderam que com essas normas é preferível renunciar a ter um perfil na rede social. Foi o que aconteceu com o chefe de redação do Post, Raju Narisetti, que se apagou do Twitter depois de ser advertido por causa de um comentário crítico sobre a escassez de recursos para a saúde. Outros veículos como The New York Times aplicam uma autorregulamentação, deixando seus profissionais de mãos livres.

"Em relação aos jornalistas, quando não estiverem escrevendo em um veículo, representando-o ou atuando como independentes, não estão cobertos pelo direito à informação e sim pelo geral da liberdade de expressão", diz Llaneza.

Ser popular e engraçado no Twitter ou no Facebook é importante. Mas antes de escrever lembre que seu seguidor e seu amigo mais vigilante é seu chefe.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

fonte:http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/as-redes-sociais-e-o-ambiente-de-trabalho#more

Aumento já - A entrevista do Secretário do Tesouro

Do Valor

Setor público não terá fortes ganhos salariais este ano

Ribamar Oliveira e Luciana Otoni| De Brasília
10/05/2011

Em entrevista ao Valor, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse que o governo não aceita conceder reajustes salariais entre 30% e 40% aos funcionários públicos, como foi feito em passado recente, pois avalia que as carreiras já estão alinhadas. "Os níveis salariais do setor público brasileiro estão equilibrados inclusive entre os poderes e entre as carreiras", afirmou, numa referência ao pleito dos juízes e servidores do Judiciário, que ameaçam greve. "Isso não significa que não haverá correção monetária".

Augustin informou que os repasses do Tesouro ao BNDES em 2012, "se houver aportes", serão inferiores aos R$ 55 bilhões previstos para este ano. A seguir, os principais trechos da entrevista:

Valor: No primeiro trimestre, houve uma expansão menor dos gastos, que cresceram abaixo do PIB. Essa é uma trajetória para o ano inteiro ou foi um fato isolado?

Arno Augustin: Teremos uma trajetória no ano de crescimento abaixo do PIB nominal para as despesas de custeio e acima do PIB nominal para as despesas com capital (investimento). Para a despesa de pessoal, minha estimativa é que venha a crescer abaixo do PIB nominal. Queremos mudar o perfil da despesa pública no sentido de que o percentual de investimento do setor público vá aumentando. Toda a nossa estrutura de liberação orçamentária, de planejamento do gasto está voltada para isso.


Valor: As despesas de custeio cresceram acima da variação do PIB, no primeiro trimestre, e os investimentos abaixo do PIB. Isso será revertido?

Augustin: Foi um resultado muito episódico (no primeiro trimestre), em função de algumas coisas principalmente nas áreas de saúde e educação, mas isso não é tendência. A tendência é de investimento maior e custeio menor.

Valor: Para o conjunto da despesa, qual é a projeção de crescimento?

Augustin: Creio que tende a ficar próximo à variação do PIB nominal. Não acho que haverá grande variação nem acima nem abaixo.

Valor: Se a despesa de custeio crescer abaixo do PIB, essa estratégia garante o cumprimento da meta cheia de superávit primário?

Augustin: Sim.

Valor: Vocês estão convencidos de que a meta cheia (sem o desconto dos investimentos do PAC) será cumprida?

Augustin Sem dúvida. Eu disse, entre o fim do ano passado e início deste ano, que havia sinais de que a situação fiscal era diferente. O primário dos últimos meses é muito melhor em comparação ao primeiro trimestre do ano passado. A diferença é gritante. Vamos cumprir a meta e acho que ninguém duvida disso. Os dados são bem claros.

Valor: Boa parte do ajuste do primeiro trimestre foi obtido com uma receita muito forte. Agora a expectativa é de uma acomodação do crescimento econômico. Essa desaceleração não vai impactar negativamente a receita?

Augustin: A nossa previsão de receita tem se mostrado em linha com o que está acontecendo. Não há nenhum indício de que a receita possa ficar menor que a nossa projeção, que já considerava o crescimento econômico menor em 2011 porque o governo colocou isso como um objetivo. É parte da nossa estratégia ter uma expansão menor [do PIB], isso está planejado. Mesmo com esse menor crescimento, o ritmo de aumento da receita vai se manter ao longo do ano porque, em 2010 e em 2009 a receita esteve muito abaixo do PIB. Agora está recuperando. Quando o PIB cresce fortemente, como no ano passado, no momento subsequente a receita com o Imposto de Renda aumenta. Há uma série de elementos que fazem com que a nossa expectativa em relação ao IR [Imposto de Renda] e ao IPI [Imposto sobre Produto Industrializado] deste ano seja bem mais favorável em comparação a 2010.

Valor: Diante dessa perspectiva e considerando o resultado fiscal elevado do primeiro trimestre, o governo pode fazer um superávit acima da meta?

Augustin: Acho prematuro falar em excesso de superávit. Não gosto de criar expectativas demasiadamente otimistas. Nossa meta é o superávit cheio. Pode ser que, ao longo do ano, se coloque essa situação, como em 2008, quando fizemos superávit maior? Pode. Vamos encarar isso como uma hipótese de trabalho. Mas não estamos mirando nisso neste momento. Achamos que mirar no superávit cheio já tem um aspecto contracionista. Não estamos mirando nem em mais, nem em menos.

Valor: A economia passa por uma acomodação com o objetivo de sair de um crescimento de 7,5% para 4,5%. Isso explica a razão de fazer esse superávit elevadíssimo no primeiro trimestre?

Augustin Trabalhamos, propositadamente, com um superávit mais forte no primeiro trimestre.

Valor: Por quê?

Augustin: Porque a economia exigia. Em dezembro, janeiro, fevereiro e março, enxergamos que a economia estava em um ritmo acima da atividade (que o governo queria) e que era o momento do fiscal agir com mais força e fizemos isso. Concentramos mais no início do ano.

Valor: Em abril já se chega a um superávit primário acumulado equivalente à metade da meta, como chegou a dizer o ministro da Fazenda, Guido Mantega?

Augustin Sim. Quero reiterar o que o ministro falou. Essa é a expectativa do Tesouro. Até abril estaremos próximos da metade da meta de superávit do ano (para o governo central, a meta é de R$ 81,8 bilhões). Isso é uma opção que fizemos: trabalhar com o superávit forte principalmente no início do ano em função da necessidade da política fiscal ajudar na redução do ritmo do crescimento econômico.

Valor: O sr. quer dizer ajudar no controle da inflação?

Augustin: Eu prefiro dizer no ritmo do crescimento econômico, porque no caso da inflação há várias questões a serem analisadas, inclusive a das commodities.

Valor: Então, quem aposta que o governo não fará a meta cheia de superávit vai perder?

Augustin: Vai, sem dúvida alguma. Eu acho que agora ninguém mais está apostando nisso.

Valor: O gasto com pessoal dará grande ajuda porque o funcionalismo não está tendo reajuste este ano. Mas evidentemente o governo não pretende manter essa política de arrocho.

Augustin Não há política de arrocho. Não crescer igual ao PIB nominal não tem nada a ver com arrocho, porque o PIB nominal inclui a variável de correção monetária e a variável de crescimento econômico (real). O que ocorre este ano é que os aumentos reais (para o funcionalismo) dados no passado, principalmente para reequilibrar a relação entre as carreiras - reajustes de 30% a 40% - não precisam ser dados novamente porque nós reequilibramos as carreiras. Os salários das carreiras como da Polícia Federal, da Receita Federal, do Tesouro, do Banco Central hoje estão equilibrados.

Valor: Mas os juízes ameaçam fazer greve...

Augustin A nossa opinião é que hoje há equilíbrio.

Valor: Equilíbrio inclusive entre os poderes?

Augustin Exatamente. Principalmente entre os poderes, foi exatamente esse o equilíbrio alcançado. Portanto, não é o momento de se rediscutir reajustes que gerem desequilíbrios e não estamos projetando isso para este ano. Isso não significa que não haverá correção monetária. Agora, não enxergamos a necessidade de reajustes de 30% ou 40%. Os níveis salariais do setor público brasileiro estão equilibrados inclusive entre os poderes e entre as carreiras. Hoje temos um nível de tensão bem menor.

Valor: O governo desistiu de impor um limite à expansão do gasto de pessoal?

Augustin O projeto que impõe limite à despesa de pessoal nós fechamos e esperamos a aprovação (pelo Congresso).

Valor: Por que o governo não inseriu no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012 um limite para o gasto de custeio?

Augustin Também achamos isso (limite para o gasto de custeio) uma possibilidade, mas não na LDO. Seria no projeto que limita o gasto com pessoal. Esse projeto (que está na Câmara dos Deputados) altera a Lei Complementar 101, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal. Esse é o local adequado para se discutir o gasto de pessoal e também eventualmente a despesa de custeio. Nós somos a favor de que haja limite para as despesas de custeio administrativo.

Valor: O que significa isso?

Augustin Não achamos razoável que a lei diga que o gasto fim com educação e saúde não possa ser aumentado, ou os gastos da área social. Agora, o custeio administrativo (diárias, passagens, terceirização, reformas etc) achamos que se houver um limitação... Mas essa é uma discussão no Congresso.

Valor: Mas o governo vai tomar a iniciativa de enviar um projeto propondo um limite para a despesa com custeio administrativo?

Augustin Já há um projeto.

Valor: Mas nesse projeto o governo propõe um limite?

Augustin O governo não fala isso, mas o governo demonstrou que acha pertinente que haja um limite.

Valor: Qual seria o limite para a despesa com custeio administrativo? Um aumento real de 2,5% em relação ao ano anterior, como o do gasto com pessoal?

Augustin Isso. A mesma regra para a despesa de pessoal e de custeio administrativo. Agora, quero chamar a atenção que essa não é uma discussão especificamente do Executivo. É uma discussão também do Congresso e da sociedade, é um debate estratégico e de longo prazo. Independente do projeto, estamos fazendo isso, trabalhamos com um custeio menor.

Valor: O governo tem insistido que deseja melhorar a qualidade do gasto. O que isso quer dizer?

Augustin: O PAC. Ou seja, trabalhar com investimentos maiores e trabalhar com investimentos programados plurianualmente. O Brasil hoje tem uma programação desde o início dessa gestão sobre quais são os investimentos prioritários. Os ministérios estão trabalhando nisso, fazem projetos, portanto, isso proporciona maior qualidade. Outro elemento é reduzir despesas para que, no longo prazo sejam menores.

Valor: Que tipo de despesas?

Augustin Custeio de diárias, passagens, terceirizações de uma forma geral. Entendemos que é necessário esse esforço. Há dois grandes agregados que precisam de atenção constante: auditoria e análise das contas de pessoal, para ver se tudo está sendo feito de acordo com a legislação e, também, volume de contratações de pessoal. Outro grande bloco é o abono salarial e o seguro desemprego: o desemprego vem caindo e nem por isso a despesa de abono e seguro desemprego cai, precisa de uma análise mais forte disso. Até tem uma explicação econômica, que é a rotatividade maior, mas isso explica apenas uma parte. Então, achamos que é bom trabalharmos com uma lupa mais forte sobre esse agregado.

Valor: Na política fiscal, pode-se fazer excesso de superávit para reforçar o Fundo Soberano?

Augustin Poder pode. Mas não estamos trabalhando, no momento, com excesso de meta. O Fundo Soberano existe para momentos como esse (de excesso de superávit). Se for o caso de se fazer superávit um pouco maior, se o governo entender isso, pode-se usar o Fundo Soberano.

Valor: O Fundo está totalmente preparado para prestar ajuda à política cambial? Para a compra de dólares?

Augustin Sim. Não precisa mais nada.

Valor: E quais são os parâmetros para esse uso do fundo na política cambial?

Augustin É a avaliação sobre qual é a melhor política de câmbio, que é algo que temos feito cotidianamente aqui e no Banco Central. O fundo é um instrumento importante a mais. O simples fato de existir já ajuda.

Valor: Por quê?

Augustin Porque cria no mercado a convicção de que se o governo entender que precisa agir de mais de uma maneira, poderá fazê-lo sem limites.

Valor: Sem limites porque o Tesouro pode emitir títulos para financiar essa compra. É isso?

Augustin Sim. E podemos fazer isso a qualquer momento. Então, isso reforça nosso posicionamento.

Valor: Essa decisão é de quem: do Ministério da Fazenda, do Banco Central ou da presidente Dilma Rousseff?

Augustin O conselho do fundo autorizou a operação em moeda estrangeira. Portanto, agora, é uma decisão do Ministério da Fazenda. Mas sempre tomamos decisões como essa em conjunto e coordenada.

Valor: A última ata do Copom levantou a possibilidade de o Tesouro reduzir os aportes ao BNDES nas operações subsidiadas, no contexto do melhor controle da demanda. Esse tipo de questão já foi discutida?

Augustin O governo já está fazendo isso. Em 2011, temos um volume de recursos previsto para o BNDES de R$ 55 bilhões, portanto, bem inferior aos R$ 80 bilhões de 2010 e aos R$ 100 bilhões de 2009. Também temos taxas [de juros] do PSI [Programa de Sustentação do Investimento] bem mais altas do que as do ano passado. Tudo isso tem o objetivo de fazer com que nossa ação nos investimentos possa resultar na diminuição direta do setor público e fazer com que os mecanismos privados de mercado possam sustentar o financiamento de longo prazo. Esse tipo de financiamento no Brasil ainda é muito difícil de ser feito sem a intervenção do BNDES. Adotamos uma série de medidas que estão maturando e isso aos poucos constituirá na maior participação do mercado, com o BNDES saindo.

Valor: Então em 2012 esses aportes serão menores que os de 2011?

Augustin Certamente. Se houver aportes, serão menores. O importante é ter uma estratégia porque não podemos prescindir de que os bens de capital cresçam fortemente senão haverá inflação porque não haverá capacidade instalada.

Valor: A gente nota certa movimentação dos Estados em rever o IGP-DI, como indexador das dívidas que foram renegociadas pela União. Essa é uma discussão que encontra receptividade no governo?

Augustin Nós não vamos mexer na Lei de Responsabilidade Fiscal e isso não está em discussão. Agora, não temos particular afeição pelo IGP [como indexador]. Ele foi à época escolhido e é um indexador que não se pode mexer. Não alteramos o IGP porque a LRF diz que não pode. Por outro lado, temos feito, dentro da LRF, alterações e temos melhorado o perfil das dívidas dos Estados. Fizemos uma negociação com o município do Rio de Janeiro, que pagava IGP mais 9% ao ano, e passou a pagar IGP mais 6%. O município pré-pagou, nos termos do contrato, a parcela extraordinária que não havia pago.

Valor: Como foi feito isso?

Augustin O município do Rio de Janeiro pegou empréstimo externo com o Banco Mundial (e pagou a parcela extraordinária), o que permitiu a ele ter uma taxa de juros menor. O Estado do Rio Grande do Sul fez uma operação pela qual, também através de um empréstimo do Banco Mundial, pagou a dívida extra limite. Isso melhorou o perfil da dívida do Estado. Temos feitos discussões semelhantes com vários Estados e tudo isso está previsto na LRF. Ou seja, o fato de dizermos que não iremos mexer na lei não significa que não vamos melhorar, dentro das regras do jogo, as dívidas estaduais.

Valor: Alguns Estados e municípios estão reivindicando voltar a emitir títulos público no mercado.

Augustin Não há nenhuma hipótese de a Secretaria do Tesouro Nacional vir a concordar com isso. Não é permitido pela Resolução do Senado que prorrogou a proibição para novas emissões até 2020. E não há nenhum estudo nosso que aponte para essa possibilidade. Não pode e não vamos deixar. Isso (a proibição para a emissão de títulos) para nós é um dos pontos mais importantes que há.

Valor: Por quê?

Augustin Porque foi isso que gerou todo o problema do endividamento dos Estados e municípios. Imagine 27 Estados e 5 mil municípios no mercado financeiro lançando títulos todos os dias.

Valor: Isso não será permitido nem para financiar obras da Copa e da Olimpíada?

Augustin Não. Isso é argumento para reestruturarmos as dívidas, melhorar o perfil dos entes e darmos limites, e temos feito isso.

Valor: Quando o Tesouro fará uma emissão no exterior?

Augustin Será em breve.

Valor: Em real ou em dólar?

Augustin Provavelmente em real.


fonte:http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-entrevista-do-secretario-do-tesouro#more

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Bem vindos

Boa noite pessoal, este espaço me para passarmos informações, trocar ideias, nos informar, aguardo sugestões de assuntos e criticas, principalmente as criticas pois são com elas que corrigimos nossos erros e exageros

Este é o espaço do Radio corredor aproveitem

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O que é o Planejamento Estratégico Situacional?

“Um governo não pode ser melhor que a organização que comanda.”
C. Matus (em “Adeus, Senhor Presidente”)

O Planejamento Estratégico e Situacional, sistematizado originalmente pelo
Economista chileno Carlos Matus1[1], diz respeito à gestão de governo, à arte de
governar. Quando nos perguntamos se estamos caminhando para onde queremos,
se fazemos o necessário para atingir nossos objetivos, estamos começando a
debater o problema do planejamento. A grande questão consiste em saber se
somos arrastados pelo ritmo dos acontecimentos do dia-a-dia, como a força da
correnteza de um rio, ou se sabemos onde chegar e concentramos nossas forças
em uma direção definida. O planejamento, visto estrategicamente, não é outra
coisa senão a ciência e a arte de construir maior governabilidade aos nossos
destinos, enquanto pessoas, organizações ou países.

O processo de planejamento portanto diz respeito a um conjunto de princípios
teóricos, procedimentos metodológicos e técnicas de grupo que podem ser
aplicados a qualquer tipo de organização social que demanda um objetivo, que
persegue uma mudança situacional futura. O planejamento não trata apenas das
decisões sobre o futuro, mas questiona principalmente qual é o futuro de nossas
decisões.

Se tentamos submeter o ritmo do desenvolvimento dos acontecimentos à vontade
humana devemos imediatamente pensar que governar em situações complexas
exige exercer a prática do planejamento estratégico até seu último grau. Para
atingir este objetivo será necessário entender e ultrapassar muitos pré-conceitos
em relação à atividade de planejamento no setor público.

Equívocos comuns sobre o conceito e a prática do planejamento:

I. “planejar é uma coisa, fazer é outra...”: frase utilizada com freqüência para
tentar minimizar ou ridicularizar o esforço de planejamento na organização de
sistemas. Esta visão surge normalmente em contextos institucionais que tem
precário ou nenhum planejamento, opõe processos supostamente antagônicos mas
que, na verdade, são parte de um único momento, é na ação concreta que o plano
se decide e prova sua importância. Os métodos de planejamento tradicionais, ao
ignorar a variável política, cortaram o caminha para o diálogo entre plano e gestão,
relação absolutamente imprescindível para casar o “planejar” com o “fazer”.

II. “o planejamento engessa a organização...”: ao invés da decisão
meramente intuitiva e lotérica, da administração do dia-a-dia, estabelecem-se
critérios, metas, objetivos, diretrizes de longo prazo, enfim, o planejamento é um
exercício sistemático de antecipação do futuro e é intensivo em gestão. A crítica ao
Planejamento como uma “camisa-de-força” normalmente surge das organizações
que perdem a base clientelística ou corporativa quando sistemas de planejamento participativo são implantados. Uma organização que pensa e planeja
estrategicamente cria condições para o surgimento da liderança baseada na
democracia interna e na delegação de autoridade, o monolitismo político e o
dirigente autoritário surgem, quase sempre, no ambiente de ausência de
planejamento estratégico e participativo.

III. “O Planejamento é um rito formal, falado em código e desprovido de
substância...”: este preconceito está muito associado com o próprio elitismo
intelectual que o planejamento tradicional e seus defensores construíram ao longo
de décadas venerando modelos abstratos e inúteis. Neste caso será sempre
verdade o ditado que diz ser o improviso sempre preferível ao planejamento
malfeito, isto é, burocrático, formalista. O ritualismo mata o “bom” planejamento e
condena à mediocridade dirigentes e funcionários. No mercado das consultorias
organizacionais é comum o surgimento de “novas” técnicas e modelos esotéricos de
planejamento ou temas afins. As siglas se proliferam e poucas delas tem realmente
conteúdo prático e a aplicabilidade necessária. Quando se caminha para níveis cada
vez mais abstrato de raciocínio, variáveis cada vez mais agregadas e grandes
sínteses políticas é fácil descolar-se da realidade concreta e esta armadilha tem
apanhado muitos planejadores. Nesta situação é sempre recomendável associar a
intuição e o bom-senso - a expertise que falta para muitos - com as técnicas e
modelos racionais adotados em qualquer manual de planejamento.

IV. “o planejamento é obra de pura técnica, deve ser neutro...”: é evidente
que os planejadores devem ter conhecimento técnico mínimo sobre o que
planejam. Tais conhecimentos podem ser apreendidos de forma padrão e uniforme,
estão acumulados historicamente nos mais diversos setores do conhecimento
humano. Entretanto, no setor público especialmente, seria um suicídio “planejado”,
fazer planos sem incluir as variáveis de poder e da política na sua concepção e
execução. Não existe planejamento neutro, pelo simples fato de que planejar é
priorizar e resolver problemas e isto pressupõe uma determinada visão-de-mundo,
concepção de Estado, de organização social e assim por diante. Planejar
estrategicamente implica necessariamente em manipular variáveis políticas, em
situações de poder compartilhado, onde os “outros” também planejam e formulam
estratégias. O planejamento que se diz meramente técnico na verdade resulta em
simples adivinhação e charlatanismo intelectual.

A superação da visão tradicional requer uma mudança de postura intelectual e
governamental, compreender que não cabe ao planejamento predizer o futuro, mas
buscar viabilidade para criar o futuro, como uma ferramenta que amplia o arco de
possibilidades humanas, um instrumento de liberdade.

A “visão situacional” do PES
Os principais argumentos que sustentam o Planejamento Estratégico e
Situacional2[2] podem ser assim resumidos:
Mediação entre o Presente e o Futuro. Todas as decisões que tomamos hoje
tem múltiplos efeitos sobre o futuro porque dependem não só da minha avaliação
sobre fatos presentes, mas da evolução futura de processos que não controlamos,
fatos que ainda não conhecemos. Portanto os critérios que utilizamos para decidir
as ações na atualidade serão mais ou menos eficazes se antecipadamente
pudermos analisar sua eficácia futura, para nós mesmos e para os outros. Qual o
custo da postergação de problemas complexos ? Que tipo de efeitos futuros
determinada política pública resultará ? Estes impactos futuros aumentarão ou diminuirão a eficácia do nosso projeto de governo ? Tais perguntas dizem respeito
ao necessário exercício de simulação e previsão sobre o futuro, quando devemos
adotar múltiplos critérios de avaliação e decisão.

É necessário prever possibilidades quando a predição é impossível: na
produção de fatos sociais, que envolvem múltiplos atores criativos que também
planejam, a capacidade de previsão situacional e suas técnicas devem substituir a
previsão determinística, normativa e tradicional que observa o futuro como mera
conseqüência do passado. Decorre desta percepção a necessidade de elaborar
estratégias e desenhar operações para cenários alternativos e surpresas, muitas
vezes, não imagináveis.

Capacidade para lidar com surpresas: o futuro sempre será incerto e nebuloso,
não existe a hipótese de governabilidade absoluta sobre sistemas sociais, mesmo
próximo desta condição há sempre um componente imponderável no planejamento.
Devemos então, através de técnicas de governo apropriadas, preparar-nos para
enfrentar surpresas com planos de contingência, com rapidez e eficácia,
desenvolvendo habilidades institucionais capazes de diminuir a vulnerabilidade do
plano.

Mediação entre o Passado e o Futuro: o processo de planejamento estratégico
se alimenta da experiência prática e do aprendizado institucional relacionados aos
erros cometidos. Portanto será preciso desenvolver meios de gestão capazes de
aprender com os erros do passado e colocar este conhecimento a serviço do
planejamento.

Mediação entre o Conhecimento e a Ação: o processo de planejamento pode
ser comparado a um grande cálculo que não só deve preceder a ação, mas presidí-
la. Este cálculo não é obvio ou simples, é influenciado e dependente das múltiplas
explicações e perspectivas sobre a realidade, só acontece, em última instância,
quando surge a síntese entre a apropriação do saber técnico acumulado e da
expertise política. É um cálculo técno-político, pois nem sempre a decisão
puramente técnica é mais racional que a política, e vice-versa. O cálculo estratégico dissociado da ação, será completamente supérfluo e formal, por sua vez, se a ação não for precedida e presidida pelo cálculo estratégico então a organização
permanecerá submetida à improvisação e ao ritmo da conjuntura.

O enfoque proposto de planejamento, portanto, não é um rito burocrático ou um
conhecimento que possa ser revelado a alguns e não a outros, mas uma capacidade
pessoal e institucional de governar – que envolve a um só tempo perícia e arte -,
de fazer política no sentido mais original deste termo. O processo de
planejamento não substitui a perícia dos dirigentes, nem o carisma da
liderança, ao contrário, aumenta sua eficácia porque coloca estes aspectos a
serviço de um projeto político coletivo. Neste modo de ver a política, o governo e o
planejamento ninguém detém o monopólio sobre o cálculo estratégico e
sistemático sobre o futuro, há uma profunda diferença em relação ao antigo
“planejamento do desenvolvimento econômico e social” tão comuns nos órgãos de
planejamento de toda América Latina e particularmente na tradição brasileira.

A concepção tradicional de Planejamento e a nova concepção

Os métodos mais tradicionais de planejamento são extremamente normativos,
impessoais e se dizem neutros, pois se pretendem amparados na “boa técnica de
planejamento”. Vejamos como se estruturam teoricamente tais visões: Há sempre um ator que planeja e os demais são simples agentes econômicos com
reações completamente previsíveis. O planejamento pressupõe um “sujeito” que
planeja, normalmente o Estado, e um “objeto” que é a realidade econômica e
social. O primeiro pode controlar o segundo.

As reações dos demais agentes ou atores são previsíveis porque seguem leis e
obedecem a prognósticos de teorias sociais bem conhecidas. O Diagnóstico é pré-
condição para o planejamento, ele é verdadeiro e objetivo (segue do
comportamento social) , portanto, único possível, não explicações alternativas dos
demais atores.

O sistema gera incertezas, porém são numeráveis, previsíveis enquanto tais, não
há possibilidade de surpresas não-imagináveis.
O ator social que planeja não controla todas variáveis, mas as variáveis não-
controladas não são importantes ou determinantes, não tem um
comportamento criativo ou são controladas por outros atores.

Há nesta visão, uma aparente governabilidade, gerada pela ilusão de que as
variáveis não controladas simplesmente não são importantes. A governabilidade e a
capacidade de governar são reduzidas e absorvidos, em última instância, pela
aparente pujança do projeto político (que é “verdadeiro” per si e portanto, auto-
legitimado). Neste cenário só há uma teoria e técnica de planejamento, além do
mais, suas deficiências não aparecem como problema a ser resolvido, os dirigentes
se concentram mais nas relações de mando e hierarquia e no tempo gasto na
tentativa de corrigir a ineficácia dos projetos (gestados convencionalmente).

Uma concepção estratégica de planejamento – como a proposta pelo PES - parte
de outros postulados. Na realidade social há vários agentes que planejam com
objetivos conflitivos. A eficácia do meu plano depende da eficácia das estratégias
dos meus oponentes e aliados. Não uma única explicação para os problemas,
tampouco uma única técnica de planejamento. Neste modelo de poder
compartilhado a teoria normativa e tradicional do planejamento perde toda sua
validade. Normalmente pensamos que se nada deve mudar o planejamento é
muito eficaz, embora desnecessário, por outro lado, se tudo está rapidamente
mudando o planejamento é pouco eficaz, embora muito necessário. Este paradoxo
aparente se dissolve quando abandonamos a idéia equivocada que associa o
planejamento ao exercício inconseqüente da pura futurologia. Pensar
estrategicamente neste novo enfoque pressupõe colocar as relações iniciativa-
resposta de agentes criativos no lugar das relações causa-efeito, típica dos
sistemas naturais.

O cálculo de planejamento é sempre interativo porque, sendo a eficácia do nosso
plano dependende da eficácia do plano dos outros atores, há um componente de
incerteza primordial, que é diferente de processos sociais repetitivos ou das
relações das ciências naturais. Há portanto uma carga intensiva em formulação de
estratégias e recursos de gestão, o oposto ao “plano-livro” estático e tradicional.

O ator que planeja está inserido num jogo de final aberto, onde o próprio tempo já
tem conceitos diferenciados conforme a percepção de múltiplos agentes em
situação de poder compartilhado. Isto não quer dizer, entretanto que se rejeitem
instrumentos e ferramentas metodológicas comumente utilizadas no planejamento
normativo, ao contrário, tais ferramentas adquirem uma utilização ainda mais
pragmática e eficaz.

Podemos resumir os postulados teóricos deste enfoque metodológico nos seguintes
argumentos: O sujeito que planeja está incluído no objeto planejado. Este por sua vez é constituído por outros sujeitos/atores que também fazem planos e desenvolvem
estratégias. Deste contexto surge o componente de incerteza permanente e o
cálculo interativo que exige intensa elaboração estratégica e um rigoroso sistema
de gestão. O caráter modular do enfoque estratégico deriva desta necessidade de
redimensionar, agregar, combinar diferentes operações em diferentes estratégias.
O “diagnóstico” tradicional, único e objetivo, já não existe mais, no lugar surgem
várias explicações situacionais. Como os demais atores possuem capacidades
diferenciadas de planejamento, a explicação da realidade implica em diferentes
graus de governabilidade sobre o sistema social.

Não há mais comportamentos sociais previsíveis e relações de causa-efeito
estabelecidas. O “juízo estratégico” de cada ator determina a complexidade do jogo
aberto e sem fim. A realidade social não pode mais ser explicada por modelos
totalmente analíticos, a simulação estratégica assume nesse contexto uma
relevância destacada.

O planejamento deve centrar sua atenção na conjuntura, no jogo imediato dos
atores sociais, o contexto conjuntural do plano representa uma permanente
passagem entre o conflito, a negociação e o consenso, é onde tudo se decide. Na
conjuntura concreta acumula-se ou não recursos de poder relacionados ao balanço
político global da ações de governo. É por isso que “planeja quem governa”, e
“governa” quem, de fato planeja. Quem tem capacidade de decisão e
responsabilidade de conduzir as políticas públicas deve obrigatoriamente envolver-
se no planejamento. A atividade de coordenação, assim, é indissociável do
planejamento, que é , também, uma opção por um tipo organização para a ação
que refere-se a oportunidades e problemas reais.

Os problemas sociais são mal-estruturados, no sentido de que, não dominamos,
controlamos e sequer conhecemos um conjunto de variáveis que influenciam os
juízos estratégicos dos demais agentes sociais envolvidos. Não há portanto como
determinar com exatidão as possibilidades de eficácia do plano ou os
resultados esperados em cada ação. Governar com plano estratégico mais do que
resolver problemas significa promover um intercâmbio de problemas quando nosso
objetivo é que problemas mais complexos e de menor governabilidade cedam lugar
a outros menos complexos e de maior governabilidade.

O planejamento não é monopólio do Estado, nem de uma força social
situacionalmente dominante. O planejamento sempre é possível e seu cumprimento
não depende de variáveis exclusivamente econômicas, qualquer ator, agente ou
força social tem maior ou menor capacidade de planejamento e habilidades
institucionais.

A visão normativa e a visão estratégica não existem em “estado puro” na prática do
planejamento e nas técnicas de governo, embora a maioria dos órgãos públicos e
da geração de técnicos trabalhe sobre influência predominante da primeira.
Os momentos de aplicação do enfoque metodológico básico do PES
O enfoque participativo e estratégico do planejamento, no plano geral, é
estruturado através de quatro grandes passos, ou fases que podem ser recursivas
e não-lineares, mas que representam um sequenciamento lógico da elaboração
teórica do planejamento. A seguir suas características básicas.
I . Momento Explicativo: no planejamento tradicional a realidade é dividida em
setores e o método dos planejadores é tão fragmentado quanto são os
departamentos dos órgãos de planejamento. O conceito de setor além de muito
genérico e pouco prático é uma imposição analítica. O planejamento estratégico
situacional propõe trabalhar com o conceito de problemas. A realidade é composto
de problemas, oportunidades e ameaças. Esta categoria permite sintetizar a noção
de explicação da realidade em suas múltiplas dimensões (inter-disciplinar) com a
noção de direcionalidade do ator: saber selecionar e identificar problemas reais
(atuais ou potenciais) e distinguir causas de sintomas e conseqüências já é mudar
radicalmente a prática tradicional dos “diagnósticos” convencionais. Explicar a
realidade por problemas também permite o diálogo e a participação com setores
populares que afinal sofrem problemas concretos e não “setores” de planejamento,
além de facilitar a aproximação entre “técnicos” e “políticos”. Na explicação da
realidade temos que admitir e processar a informação relativa a outras explicações
de outros atores sobre os mesmos problemas, isto é, a abordagem deve ser
sempre situacional, posicionada no contexto.

II. Momento Normativo: após a identificação, seleção e priorização de problemas,
bem como o debate sobre as causas, sintomas e efeitos estamos prontos para
desenhar o conjunto de ações ou operação necessárias e suficientes para atacar as
causas fundamentais dos problemas (também chamadas de Nós Críticos). Esta é a
hora de definir o conteúdo propositivo do plano. O central neste modelo de
planejamento é discutir a eficácia de cada ação e qual a situação objetivo que sua
realização objetiva, cada projeto e isso só pode ser feito relacionando os resultados
desejados com os recursos necessários e os produtos de cada ação. Os planos
normativos normalmente terminam aqui, onde o planejamento situacional apenas
começa, para que ações tenham impacto efetivo e real na causa dos problemas há
ainda dois passos ou momentos fundamentais, o estratégico e o tático-operacional.

III. Momento Estratégico: se a realidade social não pode ser fragmentada em
diferentes “setores”, se outros “jogadores” existem e tem seus próprios planos, se
o indeterminismo e as surpresas fazem parte do cotidiano, então o debate sobre a
viabilidade estratégia das ações planejadas não é só necessário como
indispensável. Toda estratégia é uma exploração consciente do futuro, ela resulta
da situação diferenciada dos vários atores em relação à problemas, oportunidades e
ameaças. A parte a grande quantidade de conceitos envolvendo o termo
“estratégia” aqui vamos adotá-la com um conjunto de procedimentos práticos e
teóricos para construir viabilidade para o plano, para garantir sua realização com
máxima eficácia. Dois instrumentos-processos cabem aqui: a análise de cenários e
a análise criteriosa dos demais atores sociais ou agentes. Os cenários representam
distintas reflexões, limitadas pela qualidade da informação disponível, sobre
possíveis “arranjos” econômicos, institucionais, políticos, sociais, etc., capazes de influenciar positiva ou negativamente a execução das ações planejadas. Ao permitir a simulação sobre as condições futuras os cenários permitem a antecipação das possíveis vulnerabilidades do plano e a elaboração de planos de contingência
necessários para minimizar os impactos negativos. Já a análise dos demais agentes
envolvidos no espaço do problema-alvo do plano é imprescindível para identificar o
possível interesse e motivação de cada um e o tipo de pressão que é (ou será)
exercida em relação às ações planejadas. É obvio dizer que a elaboração de
cenários e o “estudo do outro” só tem um grande objetivo: desenhar as melhores
estratégias para viabilizar a máxima eficácia ao plano.

IV. Momento Tático-Operacional: é o momento de fazer, de decidir as coisas, de
finalmente agir sobre a realidade concreta. É quando tudo se decide e por isso do
ponto-de-vista do impacto do plano é o momento mais importante. Neste
momento é importante debater o sistema de gestão da organização e até que ponto
ele está pronto para sustentar o plano e executar as estratégias propostas. Para garantir uma resposta positiva será preciso acompanhar a conjuntura
detalhadamente e monitorar não só o andamento das ações propostas, mas
também a situação dos problemas originais. Deve-se reavaliar criticamente todo o
processo interno de tomada de decisões, o sistema de suporte à direção, como os
sistemas de informações, devem ser revistos e reformulados. Outros temas vitais
neste momento são a estrutura organizacional, o fluxo interno de informações, a
coordenação e avaliação do plano, o sistema de prestação de contas, as
ferramentas gerenciais existentes e necessárias e finalmente a forma, dinâmica e
conteúdo da participação democrática na condução do plano. Não podemos
esquecer que o planejamento estratégico só termina quando é executado, é o
oposto à visão tradicional do “plano-livro” que, separando planejadores dos
executores, estabelecia uma dicotomia insuperável entre o conhecer e o agir.

Conclusão – O PES na prática.
O PES é um método que pressupõe constante adaptação a cada situação concreta
onde é aplicado. Entretanto os principais momentos tendem a utilizar instrumentos
metodológicos parecidos. Em síntese são trabalhados nesta ordem:
Momento Explicativo (substitui o antigo “diagnóstico”): Análise do Ator que
planeja (limites e potencialidades, ambiente interno e externo), identificação e
seleção de problemas estratégicos, montar os Fluxos de explicação do problemas
com as cadeias causais respectivas, seleção das causas fundamentais – chamadas
de Nós Críticos como centros práticos de ação, construção da Árvore de Resultados
a partir de uma Situação-Objetivo definida pelo grupo.

Momento Operacional: desenhar ações ou projetos concretos sobre cada Nó
Crítico – as chamadas Operações do Plano, definir para cada Operação necessária
os recursos necessários, os produtos esperados e os resultados previstos, construir
cenários possíveis onde o plano será executado, analisar a trajetória do conjunto
das operações em cada cenários e – a partir disto – tentar diminuir a
vulnerabilidade do Plano.

Momento Estratégico: analisar os Atores Sociais envolvidos no Plano, seus
interesses, motivações e poder em cada uma das Operações previstas e cenários
imaginados, definir a melhor estratégia possível para cada trajetória traçada,
estabelecer um programa direcional para o plano, construir viabilidade estratégica
para atingir a Situação-Objetivo.

Momento Tático-Operacional (sistema de gestão): debate sobre as formas
organizativas, a cultura organizacional e o modus operandi da organização de modo
a garantir a execução do plano. Neste momento devem ser encaminhados os
seguintes temas: funcionamento da agenda da direção, sistema de prestação de
contas, participação dos envolvidos, gerenciamento do cotidiano, sala de situações
e análise sistemática da conjuntura.

A tecnologia de aplicação do PES é extremamente simples: (a) se apóia em
visualização permanente, usando cartelas ou tarjetas3[3], (b) ambientes normais,
não é necessário nenhum tipo de sofisticação e (c) os tempos necessários de
trabalho intensivo costumam ser de aproximadamente 40 ou 50 horas. A realização
de um seminário de Planejamento utilizando o PES mobiliza muito as tensões
internas e faz aflorar conflitos muitas vezes ocultos pela rotina burocrática. Neste
sentido é sempre recomendável o uso de técnicas e dinâmicas de grupo (como os
jogos dramáticos, por exemplo) para trabalhar positivamente tais tensões e
processos grupais.

Entretanto, pode apresentar algumas desvantagens, principalmente se não sofrer
as adaptações metodológicas e operacionais necessárias: (a) normalmente a
qualidade do método depende muito da qualidade do facilitador ou monitor que
conduz o uso das técnicas e ferramentas necessárias. Isto recomenda o máximo
cuidado na escolha do Consultor; (b) ele é um sistema metodológico tão potente,
quanto complexo e motivador de compromissos coletivos, só é eficaz se a alta
direção participar de todas atividades previstas, pelo tempo necessário e (c) não
deve ser usado para solução de problemas não-complexos ou rotinas
administrativas de baixo conflito, nestes casos a relação benefício-custo não é
adequada.

O Método do Planejamento Estratégico e Situacional é antes de tudo um potente
enfoque metodológico, com alguns princípios e visões filosóficas sobre a produção
social, a liberdade humana e o papel dos governos, governante e governados. A
análise de problemas, a identificação de cenários, a visualização de outros atores
sociais, a ênfase na análise estratégica são elementos fundamentais e
diferenciadores do PES em relação a outros métodos de planejamento.

O método tem particular validade e excepcionalidade de resultados, no setor
público onde a presença de problemas verdadeiramente complexos e mal-
estruturados compõe o cenário dominante. Além disso o PES, ao contrário de
outros métodos ditos “estratégicos” assume como dominante na análise estratégica
as questões relativas às relações de poder entre atores sociais, isto é, a variável
política preside a elaboração da viabilidade e vulnerabilidade do Plano. Esta é uma
vantagem metodológica vital para uso em organizações públicas onde estas
questões fazem parte indissociável da produção de políticas públicas e do
relacionamento entre staff político-dirigente e quadro de funcionários permanentes.

fonte: http://vsites.unb.br/ciord/informacoes/material/planejamento_estrategico/ATT4.pdf